segunda-feira, 18 de junho de 2007

O fim de um mundo não significa o fim do mundo


Recentemente tem se tornado popular reportagens abordando as alterações climáticas, chega a ser engraçado a forma com que é abordado o assunto. As mesmas colocações se repetem anunciando a destruição da natureza, e este tipo de raciocínio que é perturbador. O homem se acha tão poderoso ao ponto de acreditar ser capaz de destruir a natureza. Ele mesmo não reconhece que o que ele é e o que ele produz é fruto da natureza. Não percebemos que o que estamos fazendo é um pequeno segundo na história dela. Durante sua história a natureza tem provado sua força imponente que não permite situações de desequilíbrio por muitas gerações (a seleção natural entra aqui), observe mesmo sua história como foi capaz de contornar situações de instabilidade ao ponto de parecer um padrão de resposta. Simplesmente quando uma população se torna insustentável a mesma trata de a reduzir ou adaptar, ou como o caro visitante acredita que certas doenças infecciosas a exemplo da gripe espanhola desapareceram simplesmente?
Felizmente pela evolução o homem foi dotado de capacidade de responder às reações naturais contra a redução de sua população. A primeira delas foi o domínio da agricultura que permitiu uma explosão populacional intensa para a época e assim viemos seguindo com a revolução médica e tecnológica, aumentando nossa expectativa de vida e nossa carga sobre os recursos do planeta.
No momento atingimos um patamar tão avançado de degradação que simplesmente não podemos mais nos defender contra os esforços naturais de reduzir nossa sobrecarga, pois cada vez estes se tornam mais violentos. O aquecimento global é o simples resultado do desequilíbrio que nossa insustentabilidade trouxe para o planeta, e como somos seres que aprendem apenas nas situações de dificuldade sem prever e preveni-las, teremos que passar por dezenas de catástrofes globais para perceber a seriedade da questão. As primeiras já se deram todavia tomaram lugar em países de terceiro mundo e cidades pobres tais como Nova Orleans, de maioria populacional negra. Assim que estas atingirem centros econômicos então sua real importância será dada. Entretanto talvez já seja demasiado tarde, Gaia terá feito seu julgamento e resolvido seu problema por si mesma.
Portanto está na hora de olharmos um pouco para nossos comportamentos como sociedade e entramos nessa batalha, não pela natureza, pois ela sabe como se cuidar, mas por nós que precisamos sobreviver. Pois independente da adversidade a vida continuará a existir e o ciclo natural seguirá em frente, sendo que desta vez sem nós.

Um comentário:

helô disse...

Andersoon! Não acredito que vc tva escondendo suas habilidades! :P
É CLARO que eu vou linkar vc :]
Adorei esse texto sobre Gaia.. o olhar diferente que vc colocou sobre a questão da degradação do nosso planeta e da sobrevivência dos seres humanos, o título, que tem tudo a ver.. muito bom meismo. :D

Mas eu quero novos posts..
O primeiro passo vc já deu, que foi colocá-lo no ar e começar a escrever, agora fica mais fácil, é só atualizar..

:** xerinho.